Acidentes com motos serão identificados
Abraciclo e do Hospital das Clínicas de São Paulo apontarão as principais causas de
incidentes
A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) e o
Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) vão trabalhar juntos para identificar as
causas dos acidentes de trânsito envolvendo motociclistas. Recém-lançado, o projeto também contará com a ajuda da
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e das polícias Civil e Militar. Um questionário foi formulado para que o motociclista
relate o incidente. Os outros envolvidos também serão ouvidos, inclusive as testeeeemunhas. Por fim, a infraestrutura do local
será analisada e, a partir dessas informações, será possível obter dados mais específicos que ajudem a
explicar estatísticas preocupantes. De acordo com um levantamento feito pelo HC, o número de acidentados de moto atendidos no
pronto-socorro do IOT aumentou 14% nos últimos cinco anos, enquanto os atendimentos a acidentados automobilísticos caíram 35%.
“Os motociclistas representam 44% dos pacientes vítimas de acidente de trânsito que dão entrada no PS da ortopedia”,
disse Jorge dos Santos Silva, diretor clínico do IOT. Outro estudo divulgado recentemente, intitulado ‘Mapa da Violência no
Brasil’, concluiu que, em 2010, 33,3% dos acidentes fatais no trânsito envolvia motociclistas. O novo projeto da Abraciclo e do HC
levará em conta apenas os incidentes ocorridos na Zona Oeste de São Paulo, mas os dados servirão de referência para a
prevenção de acidentes em todo o País. No ABCD De acordo com o 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que opera nas cidades do
ABCD, os números da região acompanham a tendência nacional. Computados todos os municípios, houve aumento de 25,4% nos
acidentes de trânsito envolvendo motos entre 2010 e 2011. A estudante Flávia Dell’Abadia, de 23 anos, faz parte dessas
estatísticas. Em 2010, a moradora de São Bernardo atravessava um cruzamento da Avenida Faria Lima quando sua moto foi atingida por um
carro que ultrapassou o farol vermelho em alta velocidade. Com o impacto, sua moto teve perda total e Flávia sofreu sérios ferimentos na
perna direita. “Passei por uma cirurgia e fiquei três meses em recuperação. Depois disso, fiquei com medo, mas comprei outra
moto por conta da praticidade e da economia. Não tive culpa no acidente, mas, hoje, sou mais cuidadosa no trânsito para não passar
por isso de novo”, contou a estudante.
Fonte: Portal do Trânsito - Publicado em 14/06/2012